Saiba como e quando realizar o processo de Rebranding na empresa

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Você já se surpreendeu quando uma empresa mudou toda a sua identidade visual e o tom de voz na comunicação com os clientes? É provável que você já tenha passado por essa experiência, até porque grandes nomes como o McDonald’s e Skol já tiveram que modificar sua abordagem.

A estratégia que possibilita um novo posicionamento de marca é o Rebranding. Com ele, a empresa modifica, total ou parcialmente, sua comunicação, identidade visual e até mesmo os seus produtos. Neste post, explicaremos melhor o conceito, mostrando alguns exemplos e como implementá-los. Venha conosco!

O que é o Rebranding?

Em primeiro lugar, temos o Branding, também conhecido como gestão de marca. Essa estratégia é aquela que visa criar conexão entre marcas e pessoas. É esse conceito que torna a empresa única e memorável dentro do seu setor.

Contudo, a empresa pode acabar notando um esgotamento em suas atividades. Assim, surge o Rebranding: uma reestruturação integral, por meio da qual todos os elementos que caracterizam o negócio são reavaliados.

O Rebranding é uma forma de se atualizar e criar uma nova identidade, tanto para os clientes já fidelizados como para os consumidores em potencial e parceiros. Isso passa por mudança na identidade visual, reposicionamento de marca, de valores, entre outros.

Uma companhia que queira se tornar mais inclusiva e transmitir esses valores para os clientes é um exemplo de operação de Rebranding. Do mesmo modo, uma marca de comércio alimentício que seja associada a valores negativos, como uma dieta pobre, pode modificar aos poucos essa percepção.

Como colocá-lo em prática?

Agora que entendemos o conceito, falaremos de como colocá-lo efetivamente em prática.

Mude a identidade visual

A identidade visual é um dos aspectos mais reconhecíveis da marca. Afinal, você provavelmente reconhece:

  • o amarelo e vermelho do McDonalds;
  • o verde da Starbucks;
  • o vermelho da Coca-Cola.

São inúmeros os exemplos de como as cores e o design são marcantes. Por isso, o Rebranding deve ser acompanhado por essa mudança. É importante modificar a logomarca e torná-la compatível com as demais mudanças nos valores e filosofia da empresa.

No entanto, essa mudança não se resume à logo. As cores e a tipografia utilizada também devem ser consideradas para que o público comece a assimilar e associar as mudanças à empresa, de forma gradativa.

Reveja os propósitos e valores da empresa

O que motivou o seu Rebranding? Uma necessidade de abraçar causas sustentáveis? A busca pela inclusão e diversidade? O foco em um público-alvo com uma faixa de renda diferente? Qual é o novo propósito que você quer adotar?

Analise bem os motivos que fazem você querer mudar a cara da empresa. Afinal, as mudanças serão incorporadas aos valores da empresa. Estude o que realmente precisa ser substituído e o que pode ser mantido.

Um Rebranding malfeito pode acabar eliminando boas características do negócio. Uma empresa que seja conhecida pelo bom atendimento, pode acabar perdendo essa qualidade ao se focar demais em outros aspectos de mudança. Portanto, mensure tudo antes de sair mudando de forma desenfreada.

Crie expectativa

Imagine que a sua empresa gaste muito no Rebranding, mas as mudanças nem sejam percebidas pelo cliente. Nesse caso, todo o processo terá sido em vão. Para evitar que isso ocorra, busque estratégias para gerar expectativa em seu público.

Uma campanha de e-mail marketing, que prometa a chegada de novidades, já gera uma expectativa nos consumidores fidelizados e também chama a atenção de clientes em potencial.

Contudo, é preciso que outros canais também entrem na mudança, como:

  • redes sociais;
  • o blog;
  • o site institucional.

Afinal, muitas pessoas nem mesmo leem os e-mails que recebem. Por isso, “distribuir” o Rebranding é a melhor tática para criar expectativa.

Monitore o público

Depois de criar a expectativa, também é importante monitorar as primeiras impressões do seu público em relação ao lançamento das suas ações de marketing. Isso porque o Rebranding é um processo longo, que abre espaço para correções e ajustes ao longo desse caminho.

Posicione a marca em canais de mídia relevantes

A modernização da marca, promovida pelo Rebranding, deve ser acompanhada de uma exposição estratégica nos canais de mídia. Por isso, inclua uma política bem definida das redes sociais no seu novo modelo de negócio.

Contudo, é importante que os canais escolhidos tenham a ver com os interesses do seu público. Isso envolve tanto a faixa etária como as mercadorias vendidas. Empresas que vendem roupas, por exemplo, podem focar seus esforços no Instagram, já que essa rede tem um foco no visual.

Por outro lado, empresas que vendam equipamentos de informática se beneficiam dos vídeos, que mostrarão as qualidades do produto de maneira prática. O Rebranding também passa pela escolha dos canais para promover o negócio.

Quais são alguns exemplos de Rebranding?

Nada melhor do que entender de vez o conceito do que pela apresentação de alguns exemplos reais de mercado, não é mesmo? Vamos conhecê-los.

McDonald’s

O McDonald’s sempre esteve ligado a uma imagem de comida de baixa qualidade, que fazia mal ao organismo a médio e curto prazos. Não que hoje a empresa seja exatamente conhecida como uma referência em dieta saudável, mas ela conseguiu sobreviver no mercado e mitigar essa impressão negativa.

Pensemos, por exemplo, em 2004: foi nesse ano que saiu o documentário chamado “A dieta do palhaço”. Nele, o cineasta Morgan Spurlock decidiu comer apenas produtos do McDonald’s durante 30 dias, com efeitos desastrosos para o seu organismo.

Como o filme fez muito sucesso, a empresa precisava de fazer algo para mitigar essa fama. Assim, ela passou a oferecer um cardápio mais variado, com opções mais saudáveis e equilibradas.

Do mesmo modo, alguns restaurantes perderam o amarelo e vermelho que caracterizam a companhia, para dar aquela sensação de que a empresa tinha virado a página e buscava se adequar às exigências de um público cada vez mais interessado em comida saudável.

Skol

As pessoas que não viveram na década de 1990 provavelmente se espantariam com alguma das propagandas da Skol nessa época: era comum encontrar mulheres curvilíneas e seminuas, em uma clara indicação de aquele produto era indicado para o universo masculino.

Ao mesmo tempo em que cativava uma grande parte dos homens, a empresa perdia mercado entre as mulheres — o que se provou um erro, já que elas também são grandes consumidoras de cerveja. Do mesmo modo, o público em geral também passou a se sentir incomodado.

Agora, as propagandas são mais democráticas. Embora o clima de praia e sol ainda estejam presentes, não há mais o foco em corpos femininos seminus. Para marcar definitivamente esse Rebranding, a empresa lançou uma campanha nesse sentido em 2017, no Dia Internacional da Mulher.

Melissa

No final da década de 1990 e no começo do novo milênio, bastava mencionar “sandálias Melissa” e todo mundo saberia do que se tratava. Mesmo com a grande quantidade de vendas, a empresa queria abocanhar uma fatia de mercado ocupada por um público mais adulto.

Assim, a empresa contratou designers de alto nível para criar linhas diferenciadas de postura e também posicionar a marca em desfiles de alta costura. Isso fez com que a Melissa se tornasse cada vez mais comum em ambientes adultos.

Durante uma edição recente do Big Brother Brasil, a cantora Manu Gavassi utilizou uma das sandálias que surgiram após o Rebranding. Só essa aparição foi o suficiente para renovar o interesse nos produtos da Melissa.

Como vimos no artigo, o Rebranding promove diversas mudanças em um negócio e faz com que a empresa atualize seus valores. Isso pode ocorrer como uma reação a uma impressão negativa ou até mesmo como uma forma de abraçar valores sustentáveis, por exemplo.

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