A pandemia da Covid-19 transformou o mundo de diversas formas. Com as medidas de isolamento social adotadas, muitas empresas tiveram que se desdobrar em soluções criativas para manter a competitividade.
Nesse contexto, a tecnologia ajudou muito, já que as pessoas se voltaram para o meio digital para continuar consumindo com segurança. Alguns setores ganharam destaque e se tornaram tendências para o futuro próximo.
Se você quer saber mais sobre essas tendências e de que forma elas podem impactar seu negócio, gerando novas fontes de renda, está no lugar certo. Boa leitura!
E-commerce
As compras pela internet explodiram no primeiro semestre de 2020, crescendo mais de 100% no período. O fato de diversas pessoas terem passado mais tempo em casa na tentativa de escapar da pandemia, a comodidade de comprar on-line e a possibilidade de receber suas mercadorias no conforto do lar fizeram toda a diferença.
Assim, o e-commerce se tornou uma tendência duradoura. Por meio de poucos cliques, os potenciais clientes são expostos a diversas marcas, preços e níveis de qualidade, o que permite maior poder de escolha.
Empresas que vendem na internet também costumam ter muitos canais de atendimentos, como chatbots, chats com colaboradores reais, telefone, WhatsApp etc. São muitas as vantagens desse modelo de negócio, o que explica seu crescimento recorde no período.
A pandemia apenas acelerou o processo da migração de um grande número de pessoas para as compras on-line. As micro e pequenas empresas também conseguem se aproveitar do ambiente democrático do e-commerce, uma vez que essa modalidade não exige o aluguel de lojas físicas caras, por exemplo, e possibilita fazer tudo de casa.
Cursos on-line
Uma forma de desenvolver novas habilidades profissionais, mesmo sem sair de casa, é apostar nos cursos on-line. Além da comodidade de acompanhar as aulas direto do lar, com segurança, muitos deles oferecem a possibilidade de assistir os vídeos, rever os conteúdos e escolher os horários que sejam mais adequados para o seu aprendizado.
Mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento social, a tendência é de que os cursos on-line continuem fazendo sucesso. Com profissionais de alta qualidade ministrando as aulas, conteúdo relevante e a possibilidade de firmar sua empresa no mercado, eles se tornam uma ótima opção.
Os cursos on-line são interessantes tanto para quem aprende quanto para quem domina uma habilidade e quer transmitir seus conhecimentos. Dessa forma, o profissional pode gerar uma nova fonte de renda e contribuir para a capacitação de outras pessoas.
Assinatura de streaming
A revista Exame definiu os resultados da Netflix, durante a pandemia, com um questionamento bastante sagaz: bom ou ótimo? A plataforma conseguiu mais de 15 milhões de assinaturas nos primeiros meses da pandemia. A explicação é simples: com mais gente dentro de casa, maior a demanda por atrações na TV.
Como a Netflix e as outras plataformas, como a Amazon Prime, praticam preços bem mais amigáveis em relação aos planos de TV a cabo, a tendência é de que elas continuem lucrando ainda mais. A chegada do 5G ao Brasil, que deve ocorrer em breve e turbinará a nossa internet móvel, contribuirá para que a conexão aos serviços de streaming seja ainda mais estável.
Mas isso não significa que só esses grandes players podem ganhar dinheiro com o streaming. Investir nessa opção é possível também para quem quer começar o próprio negócio e conta com conteúdo relevante para compartilhar com o público.
Assim, empreendedores podem trabalhar com a venda de materiais de nicho para ganhar dinheiro na internet. Um exemplo é a criação de um portal com conteúdos específicos ou até mesmo a venda de assinaturas de cursos e tutoriais on-line — complementando a dica do tópico anterior.
Com conteúdo de qualidade e bons professores, é possível disponibilizar pacotes na internet para pessoas que queiram aprender sobre determinados assuntos. Confira o nosso post sobre o assunto para entender melhor como elaborar o seu próprio curso.
Locavorismo
As medidas de isolamento social, necessárias para conter o avanço da pandemia, também foram acompanhadas pela valorização do comércio local. Como muitas pessoas passaram a se deslocar o mínimo possível, nada melhor do que comprar alimentos perto de casa.
Essa tendência impulsionou uma forma específica de comércio alimentício, conhecida como locavorismo. Trata-se da prática de adquirir alimentos produzidos apenas por produtores ou pequenos negócios da região próxima à casa do consumidor — isto é, dando preferência ao que é desenvolvido localmente.
A opção por esse tipo de consumo se relaciona às preocupações com o meio ambiente, que ganharam força com a pandemia. Com o locavorismo, os consumidores procuram alimentos mais frescos, que não se submetem às longas rotas que os produtos percorrem até chegar aos grandes supermercados, por exemplo.
Assim, podemos dizer que os consumidores locávoros buscam práticas mais sustentáveis no trato com os alimentos. Trata-se de uma boa oportunidade de negócio para pequenos comerciantes, uma vez que esse público visa reduzir, por exemplo, o consumo de carne vermelha.
Não deixe de conferir alguns movimentos que surgiram durante a pandemia para fomentar as micro e pequenas empresas locais, como é o caso do Mercado Azul, do Sebrae, e a iniciativa Ajude o Pequeno. Ambas possibilitam cadastro de novos negócios e facilitam a busca de acordo com cada região do país, o que ajuda a fomentar o empreendedorismo local.
Videogames
O Brasil já era um dos grandes mercados para desenvolvedores de games antes da pandemia. Com ela, os jogos passaram a fazer ainda mais sucesso: só na loja virtual OLX, a venda desses produtos cresceu mais de 40% durante o confinamento.
Além disso, há jogos para todas as idades. É possível encontrar games dedicados ao público adulto, com muita ação, tiros e conflitos, mas também opções para as crianças. Também não é preciso ter um console caro para consumir. Isso porque o mercado de jogos para celular é um dos mais destacados na atualidade. Títulos como Free Fire, Among Us e Fortnite fazem muito sucesso também no smartphone.
Para os varejistas, entrar no mercado de games é uma ótima opção. O empreendedor que tem uma rede de contatos fora do país pode se sair ainda melhor, já que ele poderá importar games e vendê-los por um preço adequado à realidade brasileira.
Gamificação
O sucesso do mercado de videogames é tão estrondoso que gerou até mesmo práticas profissionais. Estamos falando da gamificação: se trata de uma estratégia que usa mecânicas e características de jogos para engajar clientes.
Uma forma de fazer isso é adotar um sistema de acúmulos de ponto à medida que o cliente adquire mais produtos, premiando os consumidores mais fiéis e incentivando outros leads a buscarem sua marca e progredir dentro dessa estratégia.
Outro exemplo é contar com a ajuda de desenvolvedores para criar um aplicativo próprio. Por meio dele, será mais fácil medir o progresso dos clientes em sua interação com a marca. Com o app, o consumidor pode “passar de fase” toda vez que adquirir um novo produto ou serviço.
De forma divertida e dinâmica, a empresa engaja essas pessoas e ainda moderniza a marca com o auxílio da tecnologia. Isso ajuda o negócio a se adaptar ao cenário atual, de transformação digital, e ainda explora uma tendência reforçada pela pandemia.
Como vimos no texto, algumas tendências foram aceleradas pela pandemia e vieram para ficar. A boa notícia é que os empreendedores podem utilizar o potencial da tecnologia para pequenos negócios. É possível criar cursos on-line ou até mesmo desenvolver uma loja virtual do zero, por exemplo.
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