6 dicas para formar o preço de vendas no setor de beleza

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O setor de beleza tem algumas vantagens, como a demanda contínua. Afinal, independentemente da classe social, todo mundo gosta de manter os cuidados pessoais em dia. Para garantir que o seu negócio se destaque em meio à concorrência, é preciso prestar atenção a um critério especial: o preço de vendas.

Uma precificação inteligente passa por diversos critérios, como os valores praticados na região em que se atua, a capacidade de agregar valor aos serviços e até mesmo a definição do quanto você quer lucrar. Neste post, falaremos da importância de chegar a um preço de vendas justo e os passos para conseguir isso. Continue conosco!

Qual é a importância de trabalhar o preço de vendas?

O preço de um serviço serve como uma espécie de porta de entrada e também como um termômetro da atividade no seu negócio. Não é incomum ouvir pessoas dizendo “Ah, parei de ir em tal lugar porque era muito caro” ou “Adoro essa loja, os preços são muito bons!”.

Contudo, a precificação não pode ser intuitiva, com base apenas nos preços que você acha que sejam justos: ela precisa ser construída com base em um estudo de mercado, definição da margem de lucro, despesas obrigatórias, entre outros.

Quais são as melhores dicas para precificar corretamente?

Pegando o gancho do tópico anterior, agora chegou o momento de mostrar como chegar ao preço de vendas adequado. Lembre-se de que ele precisa gerar lucro, mas também ser acessível para o público que você quer atingir. Vamos conhecer os principais critérios.

1. Considere os custos fixos e variáveis

Os custos fixos e variáveis precisam necessariamente entrar na conta na hora de realizar a sua precificação. Enquanto os primeiros se referem aos gastos que não mudam mesmo quando há variação na produção, os segundos acompanham a queda ou crescimento do negócio.

São exemplos de custos fixos:

  • aluguel;
  • conta de água;
  • conta de luz;
  • salários dos colaboradores.

Já os variáveis são representados por gastos como:

  • frete pago aos fornecedores;
  • tributação do negócio;
  • comissões aos colaboradores;
  • entre outros.

Mapeie esses custos para definir uma precificação que garanta o pagamento das despesas e uma margem de lucro. Para controlar os custos fixos e variáveis, também é fundamental que você acompanhe de perto o número mensal de atendimentos realizados. Com o tempo, você entenderá os meses de maior demanda e aqueles que geram mais despesas, por exemplo.

2. Agregue valor aos serviços

Se estamos falando de precificar um valor justo, o serviço entregue também deve ser de qualidade — de modo a ser coerente com o preço cobrado. O setor de beleza tem alguns desafios nesse sentido, uma vez que há muita demanda no mercado.

Até mesmo em bairros menores, há uma boa oferta de salões de beleza. Para se diferenciar em meio a tanta concorrência, será preciso agregar valor aos serviços e mostrar os diferenciais do seu trabalho. Contudo, isso não se resume à técnica.

Você pode ser o melhor profissional de beleza do mundo, mas será necessário investir em outros diferenciais de mercado. Exemplos: atendimento diferenciado e condições especiais, como os descontos e a capacidade de oferecer vários meios de pagamento. Siga este checklist para agregar valor:

  • defina os diferenciais do seu salão e os explore na divulgação, nas redes sociais e nas conversas ao vivo, durante o atendimento;
  • ofereça uma boa experiência ao cliente, com um atendimento de qualidade e várias condições de pagamento;
  • trabalhe a identidade visual da sua marca, para que o salão seja reconhecido por um grande número de pessoas. Além disso, esse trabalho também garante maiores chances de que o seu comércio seja lembrado mais facilmente.

3. Observe a concorrência

Uma maneira eficiente de chegar aos preços adequados para os serviços oferecidos é identificar os valores trabalhados pelos concorrentes da sua região. Faça uma análise ampla: pesquise tanto os preços aplicados pelos grandes salões como os comércios mais modestos, que atendem a menos pessoas.

Essa diferenciação é valiosa para que a sua análise não considere valores muito acima ou abaixo da curva. Também é um modo de escalar o seu negócio de forma sustentável, ao conhecer os preços praticados pelos concorrentes que estão no topo.

Além disso, ao pesquisar os salões mais bem-sucedidos, você começa a descobrir quais são os diferenciais que eles utilizam para conquistar novos clientes. Do mesmo modo, investigar os salões de bairro mostra como agregar valor aos seus serviços, de modo a oferecer condições que eles ainda não exploram.

4. Estabeleça o quanto quer lucrar

Ao colocar os gastos na ponta do lápis, você pode até pensar: “Com todas essas responsabilidades, ainda terei lucro?”. Desde que você acerte na precificação, sim — de modo a garantir que o volume de recursos que entra no caixa não seja menor do que as despesas necessárias.

Vamos imaginar que o seu salão de beleza receba 10 clientes por dia e a média de gastos de cada um é de R$40: nesse caso, R$400 que entram no caixa todo o dia. Caso você tenha que gastar cerca de R$3.000 por mês para manter o negócio funcionando, em 7,5 dias você terá o suficiente para arcar com os custos obrigatórios.

Caso você queira melhorar a sua lucratividade, reforçamos a importância de pesquisar os preços praticados pela concorrência. Aí, você terá uma ideia mais precisa de como flexibilizar as suas contas.

No entanto, seja realista: caso você trabalhe em uma área pouco movimentada, não adianta estabelecer objetivos muito ambiciosos, como atender a 200 clientes por dia. Conforme você expandir o seu negócio, poderá escalar as suas metas.

5. Ajuste os preços de acordo com o mercado

Além da busca pela lucratividade, é importante entender que cobrar muito mais ou muito menos não é a melhor decisão, já que ambos os extremos afastam clientes. Valores muito altos podem não ser acessíveis para as maiores; preços baixíssimos geram desconfiança em relação à qualidade.

Outra dica interessante é criar uma persona, de modo a definir o seu cliente ideal — o que também levará em conta o quanto ele está disposto a gastar. Conheça essa e outras estratégias digitais neste post.

6. Faça cálculos

Uma das fórmulas que podem ser utilizadas para mensurar a sua precificação de forma mais precisa é o markup. Trata-se de um indicador que proporciona aos vendedores estabelecer preços finais com base no custo de produção — e garantir uma boa margem de lucro. Neste post, ensinamos como aplicá-lo na prática.

O markup é um cálculo preciso porque leva em conta todos os gastos da produção para levar um produto e/ou serviço aos clientes. Assim, tudo o que envolve o desenvolvimento e as matérias-primas entram na fórmula, como:

Markup = 100/[100 – (porcentagem do CF + porcentagem do CV + porcentagem do L)]

  • custos fixos (CF);
  • custos variáveis (cv);
  • margem de lucro;
  • gastos de produção, como matérias-primas e mão de obra.

Como você viu, a definição do preço de vendas passa por diversos fatores. Esse trabalho de achar o valor adequado é essencial para o sucesso do negócio, uma vez que uma precificação desastrada afasta clientes do seu empreendimento. É importante achar o equilíbrio entre o que você precisa ter para manter o estabelecimento funcionando e a margem de lucro desejada.

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