Economia compartilhada: identifique oportunidades de negócio!

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A economia compartilhada é um conceito focado em alguns pilares: colaboratividade, sustentabilidade e adesão às tecnologias. Também conhecida pelo seu nome em inglês, gig economy, esse modelo de negócio tem ganhado espaço em todo o mundo.

Ao longo do conteúdo, vamos explorar o conceito a fundo e as maneiras pelas quais você pode aplicar ou adaptar o negócio que já tem esses princípios. Também mostraremos exemplos bem-sucedidos de empreendimentos globais que apostaram no modelo. Boa leitura!

O que é economia compartilhada e como ela funciona?

A economia compartilhada caracteriza-se pelo acesso a bens e serviços pertencentes a outros indivíduos, por meio de plataformas digitais. Quando você acessa um aplicativo para chamar um Uber ou reservar uma hospedagem pelo Airbnb, está colocando o conceito em prática.

Afinal, o motorista de Uber utiliza o próprio carro, ou um modelo alugado e sob a responsabilidade dele, e o coloca à sua disposição durante a viagem. Do mesmo modo, uma pessoa que tenha um apartamento que não utilizará por alguns meses pode cadastrá-lo no Airbnb.

Nesses dois casos, você terá acesso a bens e serviços pertencentes a outros indivíduos, como definimos no primeiro parágrafo do tópico. Por isso, essa economia se fundamenta na troca colaborativa de bens e serviços entre pessoas — sendo potencializada pela tecnologia digital.

Longe de ser uma tendência passageira, até mesmo pela longevidade de alguns dos seus exemplos bem-sucedidos, ela representa uma redefinição da lógica tradicional de consumo e produção.

Exemplos de negócios baseados nesse modelo

A Uber é uma das pioneiras do conceito e um dos principais exemplos mundiais de grandes empresas que prosperaram por meio de um modelo mais colaborativo.

Outro exemplo de negócio que deu muito certo, no mundo todo, é a plataforma de hospedagem Airbnb. Por meio dela, qualquer pessoa consegue oferecer ou reservar acomodações ao redor do planeta.

Por falar em hospedagem, também é interessante citar o DogHero. Para aqueles que querem viajar e não têm com quem deixar o seu pet, basta acessar esse serviço e encontrar o profissional autônomo ideal para cuidar do animal naquele período.

No Brasil, também é possível encontrar coworkings, que são espaços compartilhados de convívio. Qualquer um pode usar esses locais para trabalhar e levar o seu notebook. Em muitos deles, há serviços de alimentação e bebidas.

Quais são as vantagens desse modelo de compartilhamento?

Conhecido o conceito, nada melhor do que saber mais sobre as vantagens de implementá-lo na prática. Confira!

Redução significativa de custos

Ao compartilhar recursos como espaços de trabalho, equipamentos, softwares e serviços de logística, pequenas empresas e profissionais autônomos reduzem seus gastos operacionais, liberando capital para outras áreas estratégicas do negócio.

Flexibilidade e escalabilidade

Empreendedores ganham a liberdade de ajustar seus preços dinamicamente conforme a demanda do mercado, otimizando receitas.

Além disso, a economia compartilhada facilita a escalabilidade dos negócios, permitindo aumentar ou diminuir a utilização de recursos conforme a necessidade, sem o peso de investimentos fixos em infraestrutura.

Acesso ampliado à clientela

As plataformas digitais inerentes à economia compartilhada proporcionam um alcance de mercado exponencialmente maior e mais eficiente do que os métodos tradicionais.

Isso proporciona dá aos pequenos negócios a chance de atingir um público vasto e segmentado, sem os altos custos de marketing e publicidade atrelados aos empreendimentos convencionais.

Muitas vezes, a estratégia pode ser global, como no caso dos serviços de hospedagem e transporte para turistas e visitantes estrangeiros.

Estímulo à inovação

A adoção da economia colaborativa posiciona a empresa como inovadora e alinhada às tendências de mercado, aumentando sua relevância e atratividade para os clientes.

Além disso, o modelo também fomenta um ambiente propício à colaboração com outros negócios e profissionais, gerando novas ideias, parcerias estratégicas e soluções criativas.

Participação em um ecossistema de sustentabilidade

A economia compartilhada promove o uso mais eficiente de ativos subutilizados, contribuindo para a redução do desperdício e para práticas mais sustentáveis. Esses elementos agregam valor à imagem da marca e atraem consumidores que compartilham desses valores.

Networking otimizado

Muitas plataformas de economia compartilhada criam comunidades engajadas de usuários e provedores, facilitando o networking, a troca de experiências e o aprendizado mútuo, elementos valiosos para o crescimento do negócio.

Como adaptar seu negócio para atuar dentro desse conceito?

Para empreendedores que desejam integrar os princípios da economia compartilhada em seus negócios, algumas estratégias podem ser consideradas:

  • confira se você tem algum bem ou serviço que pode ser acessado por outras pessoas — avalie se o seu produto ou serviço pode ser vendido sob um modelo de assinatura, aluguel, leasing ou compartilhamento, em vez da venda tradicional. Isso atrai clientes que buscam flexibilidade e menor custo inicial;
  • use (ou desenvolva) uma plataforma digital para facilitar o acesso — como vimos, a economia compartilhada é fomentada pela facilidade de acessar algum bem ou serviço útil via internet. Assim, é possível utilizar plataformas já estabelecidas (como o DogHero ou o Airbnb) ou até considerar desenvolver o seu próprio site ou aplicativo;
  • identifique recursos subutilizados — faça o levantamento de ativos ou capacidades ociosas em seu negócio, que possam ser compartilhados com outros. Um exemplo: um restaurante com espaço livre durante o dia poderá alugá-lo para eventos ou coworking. Caso você more em uma cidade com grande trânsito de turistas, pode oferecer um dos quartos livres como acomodação paga;
  • participe de comunidades colaborativas — torne a sua opção conhecida e incentive a interação e a colaboração entre seus clientes em potencial. Isso pode ser feito por meio de fóruns e comunidades online, grupos de discussão ou eventos presenciais, fortalecendo o engajamento e a lealdade;
  • estude sobre modelos flexíveis de precificação — explore modelos de preços dinâmicos, baseados no uso, na demanda ou no tempo, para otimizar a utilização dos seus recursos e atrair diferentes perfis de clientes. A Uber é um exemplo de como isso é feito de maneira eficiente;
  • adote práticas sustentáveis — muitas vezes, a economia compartilhada está alinhada com a ideia de sustentabilidade ambiental, já que o conceito promove um uso mais eficiente dos recursos existentes. Integre práticas que reduzam o desperdício, promovam a reutilização e otimizem o uso de recursos em seu modelo de negócio;
  • firme parcerias estratégicas — colabore com outras empresas ou organizações que atuam na economia compartilhada para expandir seu alcance e oferecer soluções mais completas aos seus clientes. Lembre-se de que a ideia central do conceito é justamente o compartilhamento;
  • preste atenção ao feedback dos clientes — esteja atento(a) às necessidades e desejos dos seus clientes em relação ao compartilhamento e acesso. Utilize o feedback para adaptar e inovar no seu modelo de negócio.

Agora que você entendeu o conceito de economia compartilhada e as dicas para entrar nesse ecossistema de negócios, já pode avaliar se a sua empresa pode ser adaptada. Só não se esqueça dos principais pilares: colaboratividade, sustentabilidade e adesão à tecnologia.

Aproveite a visita ao blog para ler outro conteúdo útil: conheça as 7 métricas de sucesso do cliente que você precisa acompanhar!

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