A preparação física dos atletas olímpicos é um dos motivos que fascinam as pessoas e garantem que as olimpíadas sempre tenham altos índices de audiência. Afinal, todo mundo que liga a sua televisão ou presencia os eventos ao vivo está diante de pessoas que encararam os mais duros desafios para estar ali.
O mais interessante é que as provações e a preparação física dos atletas ensinam boas lições aos empreendedores. Do planejamento da empresa até a adaptação a mudanças no mercado, é possível encontrar algumas similaridades entre os dois mundos.
Neste post, mostraremos as principais lições que a preparação dos atletas ensina aos empreendedores brasileiros. Boa leitura!
1. Análise das forças e fraquezas
Atletas olímpicos precisam desenvolver suas habilidades ao máximo — e ainda acompanhar o desempenho dos rivais. Só assim será possível mapear os pontos fortes e fracos de cada ruim, assim como descobrir padrões para serem explorados durante as competições.
Com os empreendedores, é a mesma coisa: é preciso acompanhar os concorrentes de perto, conhecer seus produtos e explorar os pontos fracos da competição para descobrir lacunas de mercado para explorar. Simultaneamente a isso, é necessário desenvolver o próprio potencial, de modo a alcançar vantagens competitivas de maneira progressiva.
2. Metas claras
Os atletas olímpicos têm metas claras. Aqueles que já atingiram um alto patamar de desempenho querem buscar ao menos um lugar no pódio. Já outros que estão começando tentarão ao menos um bom resultado geral, de modo que isso dê forças para que eles continuem progredindo na carreira.
Ainda há o caso daqueles que não necessariamente miram o primeiro lugar, mas um desempenho satisfatório para coroar os últimos 4 anos de esforço. Para um empreendedor que está começando no mercado, por exemplo, mirar o ponto mais alto do pódio pode ser uma meta arriscada demais. Contudo, isso não significa que ele não possa trabalhar para conquistar uma fatia significativa do mercado em que atua.
3. Treinamento e desenvolvimento
Dependendo do seu talento natural e do seu engajamento com as atividades da modalidade, um atleta olímpico ainda assim precisará de 8 até 20 anos para chegar às olímpiadas. Além disso, ainda é preciso enfrentar a concorrência dos seus colegas de profissão, já que nem todos os atletas de um país conquistam esse direito — principalmente em países maiores, como o Brasil.
Nesse sentido, até mesmo os jovens mais talentosos precisam treinar e se dedicar, de modo a desenvolverem as habilidades necessárias para conquistar a sua passagem para as olimpíadas. Ou seja: não é fácil para ninguém, nem mesmo para aqueles que nascem com um dom.
Essa é mais uma importante lição para empreendedores: não se conquista nada sem uma boa dose de esforço. Você pode ter uma mente privilegiada e um feeling impecável para os negócios, mas ainda será preciso atingir o máximo de potencial para se destacar.
Você pode estudar nas melhores faculdades e fazer os melhores cursos. Contudo, sem engajamento e esforço, você pode acabar sem a sonhada “vaga nas olimpíadas” do empreendedorismo brasileiro. Afinal, são muitos concorrentes e todos eles trabalham e se esforçam para expandir as suas oportunidades.
4. Trabalho em equipe
As olimpíadas são tão interessantes porque há modalidades para todos os gostos: esportes em que os atletas competem individualmente, ao mesmo modo em que há aqueles nos quais as disputas são realizadas em equipe.
No entanto, a noção de que todo o sucesso em um esporte individual depende apenas do esforço de uma só pessoa não está totalmente correta. Vamos pensar em atletas como a skatista Rayssa Leal; ou a lenda do tênis, Rafael Nadal, por exemplo. Ambos só se destacaram porque aliaram o seu talento natural ao de uma equipe de primeira, que os ajudou a alcançar o máximo de potencial.
O mundo do empreendedorismo também é assim. Você pode trabalhar com uma equipe de 20 anos ou por conta própria, utilizando apenas um computador conectado à internet. Porém, aqueles que se encaixam no segundo caso nunca estarão sozinhos em seus objetivos. É possível contar com a sua rede digital de networking, por exemplo, buscar treinamentos e mentorias.
Já aqueles que tocam ou participam de um negócio com mais pessoas também precisam de uma boa sinergia com os colegas para o empreendimento ter sucesso. No fim das contas, ser bem-sucedido passa pelo trabalho coletivo e por uma boa rede de contatos.
5. Avaliação de desempenho
No mundo corporativo, a avaliação de desempenho é uma estratégia utilizada pelo setor de recursos humanos- RH e por profissionais de gestão de pessoas. O objetivo é mensurar o desempenho dos colaboradores ou de determinados setores da empresa. Ela é realizada periodicamente, de acordo com as necessidades da organização.
Essa é outra característica que une os atletas e empreendedores. O técnico da equipe de futebol avalia o desempenho dos jogadores à disposição e escolha aqueles que estão melhores, física e psicologicamente. Isso também vale para esportes individuais, como a ginástica: não basta ser bom, é necessário estar no auge da forma física, com as habilidades bem afiadas.
Do mesmo modo, os líderes de uma empresa podem aplicar avaliações periódicas de desempenho para visualizar os pontos fortes da sua equipe, o que precisa ser melhorado e direcionar os feedbacks. Também é interessante utilizar os resultados colhidos para criar premiações e destaques para motivar aqueles que entregaram bons resultados durante o período analisado.
6. Adaptação às mudanças
Tanto os empreendedores como os atletas de alto rendimento precisam se adaptar a mudanças e implementar melhorias em suas rotinas. No caso dos esportistas, podemos citar as alterações corporais, de idade, a necessidade de se mudar para diferentes regiões para treinar, a pré-temporada em outros países, entre outras.
No caso dos empreendedores, há a necessidade de se adaptar às oscilações de mercado, às mudanças de prioridades dos seus clientes em potencial, à entrada de concorrentes de peso em seu ramo, entre muitas outras. Nos dois casos, ter desenvoltura e jogo de cintura é essencial.
Um dos atletas de alto rendimento mais longevos, e que estará nas quadras das olimpíadas de 2024 em Paris, é o astro do basquete LeBron James. Há cerca de 10 anos, ele contou como teve que modificar toda a sua dieta para se tornar mais ágil e elevar a sua “vida útil” dentro do esporte. Hoje, aos 39 anos, ele ainda é um dos melhores do mundo.
A lição de LeBron serve para os empreendedores brasileiros. Às vezes, será preciso se adaptar a circunstâncias que podem parecer extremas no início — mas que se provarão acertadas posteriormente.
Às vezes será preciso cortar investimentos, abandonar certos processos e se adaptar a novos paradigmas (como a transformação digital), mas isso é necessário para o negócio sobreviver e prosperar. Como você viu no artigo, tanto a preparação física como psicológica dos atletas olímpicos ensina lições valiosas para o bom planejamento da empresa. Os exemplos vão desde o treinamento até técnicas de avaliação de desempenho.
Aproveite a visita ao blog para conhecer 7 metodologias de planejamento que vão ajudar na gestão do negócio!