O comportamento do consumidor mudou e com ele as práticas de vendas no mercado. Independentemente do segmento e do negócio, empreendedores e gestores se viram obrigados a inovar para manter o engajamento de suas equipes. Com isso, surgiu a gamificação, que hoje já é uma estratégia usual dentro das empresas.
O objetivo deste conteúdo é explicar o que é a gamificação e mostrar por que ela pode ser uma tendência interessante e eficiente para alavancar os resultados do seu negócio. Além disso, vamos elencar os benefícios dessa prática para Micro e Pequenas Empresas.
O conceito e o surgimento da gamificação
A gamificação, ou gamification, é uma estratégia estruturada em um cenário similar ao de games. No universo corporativo, ela é usada para desenvolver habilidades e intensificar o conhecimento, a bem como estimular o engajamento dos envolvidos.
Se você deseja que a sua equipe alcance objetivos e produza mais, precisa encontrar meios de fazer a integração do grupo estimulando uma participação ativa e colaborativa. Nesse sentido, o estabelecimento de metas produz um efeito natural de competitividade. É isso o que a gamificação propõe.
Em muitas situações, é fundamental oferecer alguma recompensa aos colaboradores para que eles se envolvam diretamente com as dores de crescimento e desenvolvimento da empresa; e o processo de gamificação vai auxiliar tanto no desempenho individual, quanto no coletivo.
Muitos gostam de jogos e a gamificação funciona como uma extensão dos momentos de lazer e entretenimento. Já para quem não tem familiaridade com games, é uma excelente oportunidade de desenvolver habilidades e desafios.
Benefícios da gamificação nas empresas
Usar a gamificação para aproximar as equipes e fortalecer os times, principalmente se o trabalho for descentralizado, é uma forma de intensificar a proposta de se tornar referência no mercado. Com um direcionamento claro, a equipe sentirá os ganhos antes mesmo de fechar uma venda.
A gamificação traz benefícios que fazem total diferença em qualquer negócio, afinal, mesmo com uma tecnologia avançada, você precisa das pessoas para o pleno desenvolvimento da empresa. Veja algumas dessas vantagens!
Ajuda no engajamento dos colaboradores
Como essa metodologia é uma novidade, certamente despertará o interesse de participação dos colaboradores. E, quanto mais se envolverem com o universo da empresa e forem incentivados a apresentar soluções, mais dispostos se tornarão.
Conduz a feedbacks valiosos
O objetivo do game corporativo é encontrar melhores práticas e condutas, partindo do princípio de que os colaboradores são elementos-chave do processo e que a percepção de cada um tem grande relevância para a tomada de decisão.
Reuniões e quizzes com perguntas sobre empresa, clientes, setores e fornecedores são ocasiões divertidas que proporcionam uma experiência enriquecedora e resultam em bons feedbacks dos participantes.
Promove a retenção de talentos
Quem não deseja permanecer em uma empresa que proporciona inovação, envolve a todos e bonifica pelos resultados além do esperado? A gamificação tem um papel importante nesse sentido, unindo as pessoas em prol de uma proposta.
No início, é um jogo interativo com foco nas atividades da corporação gera desconfiança. Entretanto, depois que a proposta é apresentada, as regras são aplicadas e as recompensas surgem, os funcionários são movidos pela curiosidade e o desejo de tornar a equipe vitoriosa. Ou seja, estamos falando de motivos de sobra para ninguém ir embora.
Passo a passo para implantar a gamificação corporativa
A participação dos colaboradores vai depender do método e do tipo de gamificação implantados, assim como da forma de abordagem. Portanto, uma comunicação clara e transparente dos objetivos e das expectativas é fundamental nesse primeiro momento. Veja, a seguir, como você pode fazer isso.
1. Crie as regras
Nenhum jogo funciona sem regras e o mesmo acontece nas empresas. Logo, o start da gamificação se dá com a elaboração de regras corporativas que devem ser cumpridas por etapas, conforme as metas. É importante que elas alcancem, principalmente, as políticas da empresa.
2. Defina as metas
Mais uma vez, a comunicação transparente se faz necessária. As metas devem ser reais e alcançáveis, pois, se os colaboradores se depararem com o impossível, é provável que ocorra um desengajamento em massa, que é tudo o que a empresa não deseja.
Os critérios e as dificuldades devem estimular a participação, a competitividade e a colaboração, jamais o contrário.
3. Estimule o feedback
Uma das premissas da gamificação é alcançar o maior volume possível de feedbacks a partir da percepção de cada colaborador. Afinal, a troca de ideias, sugestões e experiências, durante o jogo, ajuda a desenvolver novas técnicas e habilidades.
4. Incentive a participação espontânea
Tudo que é novo e propõe desafios e competitividade deve despertar a atenção, principalmente das equipes comerciais, que dependem de resultados para manter o equilíbrio da remuneração. Por isso, a cobrança por desempenho deve surgir de forma divertida e lúdica, de maneira que a adesão seja espontânea.
5. Provoque o aprendizado
Há um ditado que diz que:
“ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar”.
Nesse sentido, a gamificação incentiva o aprendizado e a troca de conhecimentos.
Muitas vezes a rotina não permite que colegas conheçam uns aos outros, perdendo, assim, excelentes oportunidades de aumentar a produtividade e o desempenho. Dentro do jogo, por outro lado, cada um poderá contribuir com o que sabe ou percebe.
6. Premie
Sabemos que os jogos sempre oferecem recompensas ou algum tipo de premiação individual ou coletiva pelo bom desempenho. Assim, mesmo a gamificação sendo voltada para a melhoria contínua do desempenho profissional, nada melhor que premiar aqueles que se destacam durante a competição.
Premiar é reconhecer o esforço, o talento, a dedicação e sobretudo o compromisso com a proposta da empresa e com a equipe da qual se faz parte.
Alguns tipos de gamificação
Role plays
No jogo, os participantes propõem soluções para os diversos problemas e enigmas apresentados, por meio de encenações, onde dois ou mais participantes vivenciam e simulam as situações cotidianas do ambiente de trabalho.
Sempre com uma temática voltada para o contexto corporativo e os acontecimentos do dia a dia, os papéis devem ser representados com criatividade e empenho do participante.
Para tornar o jogo mais dinâmico, a empresa deve designar um moderador para distribuir os papéis e estabelecer as regras. Se houver a possibilidade de criar um cenário e delimitar o tempo, o resultado pode ser ainda melhor, pois no dia a dia há pressão sobre os prazos para a execução das tarefas.
Gincanas
Objetivo: cumprimento de metas por equipes.
A gincana é uma das brincadeiras coletivas mais tradicionais. A ideia é propor desafios instigantes e difíceis de cumprir, para mobilizar todos os participantes e promover a participação e a atuação colaborativa.
Quem participa de uma gincana sabe que precisa se comprometer com as atividades e os desafios, de maneira que todos alcancem bons resultados e recompensas. Dessa forma, surge um desejo natural de competir com as outras equipes e oferecer o melhor desempenho.
Board Games
Objetivo: estimular o raciocínio e a capacidade criativa.
Os jogos de tabuleiro são sempre desafiadores e mexem com a imaginação e a capacidade de raciocínio dos participantes. O ambiente fictício criado, em um board game, deve ser dinâmico, visando envolver os participantes, que são transportados para a versão virtual da empresa.
Ganhando cada vez mais espaço e adeptos, a gamificação é um modo de transformar as operações e a cultura dos negócios para que elas se adaptem ao mercado. Quem percebeu isso está há muitos passos e pontos à frente, abrindo confortável vantagem competitiva.
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